Já observei que muita gente subestima o poder de um bom briefing no marketing digital. Às vezes, por pressa. Outras, por achar que se trata somente de reunir “informações básicas”. Mas eu garanto, depois de décadas escrevendo, ajustando e interpretando briefings para agências e pequenas empresas, é nesse ponto que tudo pode começar a dar certo ou errado.
“Um projeto bem-briefado começa mais rápido e termina melhor.”
Não sei se você já sentiu aquela sensação de retrabalho, de refazer propostas, de ter que alinhar expectativas de novo e de novo. Quase sempre, a resposta estava no briefing... ou melhor, na ausência de um briefing completo e claro. Quero te contar quais perguntas precisam ser feitas, que detalhes não podem ser esquecidos e como transformar esse simples documento em um divisor de águas nos seus projetos. E, claro, como a experiência aqui na Snadd, lidando diariamente com negócios de todos os tamanhos, comprovou o quanto isso é um diferencial.
Por que o briefing é tão valorizado em marketing digital?
O briefing é o fio condutor. Ele é o elo que liga equipe, cliente, metas e resultados. Eu vejo que nos projetos de marketing digital, principalmente para pequenos e médios negócios, o briefing tem ainda mais peso. Muitas decisões são tomadas com agilidade, recursos são muitas vezes limitados e cada ação precisa dar retorno.
Segundo uma pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, a comunicação clara entre as partes é um dos principais fatores para o sucesso de ações digitais. E, pensando bem, se nem os envolvidos sabem os detalhes do projeto, como esperar que o público entenda a mensagem?
Um briefing eficiente não serve só para um grande lançamento. Ele é útil em:
- Gestão de campanhas em redes sociais
- Criação de sites e landing pages
- Automação de processos e fluxos de atendimento
- Criação de conteúdos
- Design por assinatura
No dia a dia aqui na Snadd, vejo que o briefing reduz retrabalho, encurta prazos e torna o processo menos estressante para todos, inclusive para o cliente.
Principais etapas para criar um briefing eficiente
Eu costumo encarar o briefing quase como uma entrevista inicial, em que cada resposta já molda parte da estratégia. Para simplificar, separo em etapas. Vou detalhar cada uma, pois certa vez, quando me descuidei de uma dessas fases, gastei o dobro do tempo e tive que voltar atrás diversas vezes.
1. Entendimento do contexto do cliente
Antes de tudo, é vital conhecer o negócio, os desafios e o histórico da marca. Pergunto sempre:
- O que a empresa faz, vende ou entrega?
- Como surgiu? Qual o propósito?
- Houve ações digitais anteriores que deram certo (ou não) e por quê?
Aqui já é possível antecipar limitações técnicas, de orçamento ou de equipe. Já tive clientes que chegaram pedindo um site, mas na verdade precisavam fortalecer a presença nas redes primeiro. Descobri isso com perguntas certas nesta etapa.
2. Definição de objetivos claros
É comum ouvir “quero vender mais” ou “quero seguidores”. Mas insisto: o que exatamente representa sucesso para você?
- Aumentar o número de leads?
- Gerar mais vendas no site?
- Reduzir o tempo de resposta no WhatsApp?
- Criar autoridade em determinado nicho?
- Elevar o engajamento das publicações?
Objetivos vagos resultam em entregas vagas. Quanto mais específico o objetivo, mais direcionada será a ação. A Escola Nacional de Administração Pública alerta que as estratégias digitais só funcionam bem quando o planejamento é detalhado e o objetivo está bem desenhado no briefing.
3. Identificação do público-alvo
A definição exata do público faz toda diferença. O IBGE oferece dados populacionais e demográficos bastante valiosos. Uso essas informações para criar um perfil do público:
- Faixa etária predominante?
- Classe social, hábitos de consumo?
- Desafios e dores desse público?
- Quais redes sociais mais acessam?
- Compram on-line ou em lojas físicas?
Em alguns projetos, já identifiquei que o público real era bem diferente do esperado pelo cliente. Pesquisar, ler relatórios de público, tudo isso reflete na qualidade do briefing.

4. Definição de entregáveis e expectativas
Esse é um ponto que evito resumir. Colocar no papel o que será entregue, o prazo, formatos e até limitações evita confusões. Já ouvi histórias de ambos os lados, agências que entregaram “menos do que o esperado”, clientes frustrados por falta de clareza. Especificar aqui é salvar futuras dores de cabeça.
- Quais serão os entregáveis básicos (peças gráficas, posts, relatórios)?
- Serão fornecidos arquivos editáveis?
- Qual será o canal principal para feedbacks?
- Até quando devem ser feitas revisões?
Você percebe como esse detalhamento evita aquela famosa frase: “mas eu achei que estava incluído...”?
5. Recursos, orçamento e restrições
Confesso: falar sobre orçamento ainda é difícil para muitos. Mas preciso dizer, esse é o tipo de informação que não pode faltar no briefing. Só assim é possível dimensionar o projeto e alinhar expectativas.
- Quais recursos internos estarão disponíveis?
- Haverá verba para mídia paga?
- Limites de tempo, equipe ou tecnologia?
- Existem datas especiais ou eventos a considerar?
Um projeto bem “dimensionado” economiza tempo, recursos e reduz atritos.
6. Inspirações e benchmarks
Inclua exemplos de campanhas, sites, marcas e estilos visuais que agradam o cliente. Fotografe, salve links, exemplifique. Já vivi experiências em que referências visuais resolveram discussões e facilitaram aprovações.
Mas deixe claro: são referências, não réplicas.
7. Métricas e critérios de sucesso
Estabelecer como será medida a conquista dos objetivos faz o projeto ter começo, meio e fim claros. Uso modelos estatísticos simples ou ferramentas indicadas por cursos como os da Universidade Federal de Lavras] para ajudar a definir KPIs (indicadores).
Alguns exemplos:
- Alcançar 1.000 novos seguidores em 3 meses
- Dobrar o número de leads qualificados na landing page
- Reduzir a taxa de rejeição do site para menos de 40%
- Aumentar o engajamento de posts em 30%
Esses números ajudam a manter todos alinhados e o projeto mensurável.
Erros comuns ao criar um briefing e como evitar
Errar é humano. Porém, alguns deslizes aparecem com mais frequência, e aprendi a reconhecê-los rápido.
- Falta de detalhes: Briefing superficial rende retrabalho.
- Expectativas não alinhadas: Cliente e agência entendem metas diferentes.
- Ignorar restrições: Orçamento, datas e recursos precisam estar claros.
- Não atualizar o briefing: Mudanças acontecem e precisam ser documentadas.
- Esquecer aprovações: Definir responsáveis pelas aprovações evita atrasos.
Um bom briefing PRECISA evitar esses tropeços. Se você notar que caiu num deles, muitas vezes vale uma conversa aberta para ajustar e seguir adiante.
“O briefing é um documento vivo: precisa ser lido, discutido e, se necessário, adaptado.”
Estruturas e modelos práticos de briefing para marketing digital
Depois de muitos projetos com empresas como a Snadd, costumo sugerir um roteiro para facilitar, na maioria das vezes funciona muito bem:
- Nome e dados do projeto Um resumo rápido e identificação.
- Resumo da empresa/marca História, missão, valores, motivos para buscar o projeto.
- Objetivos Qual alvo o projeto quer atingir.
- Público-alvo Dados demográficos, dores, interesses e canais mais usados.
- Entregáveis e prazos O que vai ser entregue, em que formatos e quando.
- Recursos disponíveis Verba, equipe, materiais extras.
- Restrições Limites de tempo, orçamento, regulamentações.
- Referências/inspirações Imagens, sites e exemplos que representam o que se deseja.
- Métricas e critérios de sucesso Indicadores claros do resultado esperado.
- Observações finais Espaço para dúvidas, sugestões extra e alinhamento final.
Ter um modelo como esse salva tempo e facilita aprovações por parte do cliente. Costumo recomendar em posts, como faço no nosso conteúdo sobre marketing digital ou em criação de conteúdo.

Como reunir informações relevantes: fontes, pesquisas e dados
Muitas decisões em marketing digital se baseiam na suposição. E isso é sempre perigoso. Sempre indico levantar dados estatísticos confiáveis. Estudos mostram que o uso de dados estatísticos faz diferença real na montagem de estratégias, desde o perfil do público até a escolha dos canais, o tipo de conteúdo ou o tom da campanha.
- Relatórios do IBGE: Verifique tamanho, faixa etária e distribuição do público na sua região.
- Pesquisas internas da empresa: Feedbacks, histórico de vendas e atendimento.
- Ferramentas SaaS: Uso de plataformas que ajudam a centralizar informações e métricas (uma área na qual a Snadd investe para seus parceiros).
- Relatórios de performance: Google Analytics, resultados anteriores de campanhas, pesquisas do setor.
- Insights sobre mercado de trabalho e capacitação: Levantados por órgãos como o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal.
“Briefings bem embasados em dados são mais seguros.”
Como tornar o briefing flexível e adaptável
É impossível prever tudo. Porém, gosto de reforçar: um bom briefing não é engessado. Ele pode (e deve) ser revisado durante o projeto.
- Revisite o documento quando houver mudanças no cenário ou nos objetivos.
- Atualize métricas e entregáveis conforme os resultados aparecem.
- Ajuste expectativas em reuniões com o time e cliente.
Já perdi a conta de quantas vezes mudamos metas, entregáveis ou públicos-alvo no caminho. Nem sempre o primeiro briefing era suficiente, e tudo bem. A verdade é que a flexibilidade é um dos pontos altos do marketing digital moderno, e projetos como fazemos na Snadd só existem porque entendemos isso na prática.
Automação, chatbots e SaaS: como incluir no briefing moderno
Hoje, o briefing também precisa incluir processos mais tecnológicos. Falo aqui de automação de atendimento e uso de chatbots, por exemplo. Muitas pequenas empresas chegam até nós na Snadd para entender como implementar esses recursos de maneira simples, então costumo orientar que o briefing contemple:
- Fluxos de atendimento esperados
- Perguntas frequentes e integrações necessárias
- Linguagem do bot e do time
- Resultados almejados (atendimento mais rápido, captação automática, vendas recorrentes, etc.)
Para quem se interessa, recomendo a leitura do nosso artigo sobre chatbots para vender mais e também do nosso guia sem complicações sobre automação.

Conclusão: transforme seu briefing em uma ferramenta de crescimento
O briefing, quando bem elaborado, elimina desvios de rota e incertezas. Ele amplia as chances de sucesso, seja para campanhas de redes sociais, sites ou automação. Na minha experiência conduzindo projetos na Snadd, vi que nem sempre o investimento em campanhas ou ferramentas é o que faz a diferença, mas sim o cuidado em ouvir, questionar, detalhar e alinhar cada expectativa desde o início. E isso acontece no briefing.
Se você quer garantir projetos mais previsíveis, experiências menos estressantes e resultados mais nítidos, comece pelo briefing. Se precisar de um parceiro nessa jornada, conheça melhor nossos serviços e conte com a Snadd para transformar sua ideia em um projeto realmente bem estruturado.
Perguntas frequentes sobre briefing em marketing digital
O que é um briefing de marketing digital?
Briefing de marketing digital é um documento que reúne todas as informações básicas, metas, público-alvo, referências e expectativas de um projeto digital, servindo como ponto de partida para o alinhamento entre todas as partes envolvidas. Ele descreve o contexto, os objetivos e os entregáveis pretendidos, facilitando o entendimento mútuo.
Como criar um briefing eficiente?
Na minha jornada, percebi que o briefing eficiente depende de detalhamento. Por isso, recomendo identificar o contexto do cliente, definir objetivos claros, mapear o público-alvo, listar entregáveis, expor restrições e orçamento, citar referências visuais e consolidar métricas. Converse abertamente sobre expectativas e mantenha o briefing atualizado conforme o projeto avança.
Quais informações não podem faltar no briefing?
Entre os itens fundamentais estão: resumo do negócio/marca, objetivo(s) do projeto, público-alvo detalhado, entregáveis e prazos, orçamento, recursos disponíveis, restrições, referências visuais e métricas de acompanhamento. Cada um desses elementos é vital para guiar as etapas do projeto e prevenir problemas.
Para que serve um briefing em projetos digitais?
O briefing serve principalmente para alinhar expectativas e informações entre cliente e equipe de execução, minimizando retrabalhos e incertezas. Ele ajuda a priorizar ações, definir recursos e organizar processos, tornando o trabalho de marketing digital mais rápido e assertivo.
Como adaptar o briefing para diferentes projetos?
Eu sempre adapto o briefing conforme o tipo de projeto: para campanhas rápidas, opto por versões simplificadas. Para grandes lançamentos ou integrações tecnológicas, detalho ainda mais, especialmente fluxos, métricas e recursos técnicos. O segredo é entender o que realmente precisa estar documentado para aquele contexto e ajustar o nível de detalhe.